Encontro com Elas recebe Blenda Matias
A psicóloga falou sobre bullying, ansiedade e a importância da escuta na formação dos jovens
Foto: Rebeca Liz
No quadro “Encontro com Elas” desta quarta-feira (09), as comunicadoras Dóris Andrade e Maria Gomar entrevistaram a psicóloga Blenda Matias. A conversa abordou temas ligados à saúde mental de adolescentes, como bullying, pressão escolar, conflitos familiares e decisões profissionais na juventude.
Blenda explicou que a adolescência é uma fase marcada pela busca de pertencimento. Segundo ela, muitos adolescentes tentam se encaixar em grupos escolares ou sociais e, quando não conseguem, apresentam sinais de sofrimento. A psicóloga afirmou que essas dores nem sempre são identificadas pelos pais e que o bullying, muitas vezes, ocorre dentro de casa.
Durante a entrevista, foi discutido o comportamento de alguns pais que não escutam seus filhos e, em vez de acolher, impõem regras sem diálogo. Blenda apontou que essa falta de escuta pode comprometer o desenvolvimento da autonomia e da autoestima. A psicóloga destacou que é comum os adolescentes chegarem ao consultório com queixas emocionais que os pais desconhecem.
Um dos temas centrais da conversa foi a pressão para que adolescentes escolham uma carreira profissional por volta dos 17 anos. Blenda disse que muitos jovens não têm clareza sobre suas escolhas e acabam seguindo expectativas sociais ou familiares. Ela citou casos em que adolescentes escolhem cursos como medicina influenciados por colegas, professores ou pela promessa de retorno financeiro.
Blenda falou também sobre a ansiedade infantil. Segundo ela, é comum encontrar crianças com rotinas sobrecarregadas, com várias atividades extracurriculares, e que vivem sob a expectativa de desempenho imposta por adultos. A psicóloga explicou que esse padrão pode gerar quadros de ansiedade desde a infância.
Blenda concluiu a entrevista afirmando que escutar crianças e adolescentes é uma necessidade constante e que a escuta deve vir antes de qualquer diagnóstico ou julgamento. A psicóloga defendeu que qualquer escolha profissional pode dar certo, desde que respeite a individualidade e a motivação de quem a faz.
Confira a entrevista na íntegra: