Festival Suíça Baiana reúne mais de 6 mil pessoas em Vitória da Conquista

Evento gratuito reforça a inclusão com tradução simultânea em Libras para todos os shows

Foto: Rádio UP

O Festival Suíça Baiana (FSB) aconteceu no último final de semana, nos dias 19 e 20 de outubro, no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima. Com entrada gratuita, o evento reuniu mais de 6 mil pessoas, o público que visitou o festival contribuiu com doações de alimentos, que serão destinadas a famílias em situação de vulnerabilidade.

No primeiro dia, o palco principal recebeu o grupo Mulher no Samba, seguido por Karina Buhr, Ivysom, a banda Francisco, El Hombre, Guilhotina Giomle e A Travesti, que encerrou o festival com uma performance divertida. Já no palco secundário, se apresentaram a cantora Pipa, a banda Fogo no Pagô, Ize Duque e a banda NPKN.

No segundo dia, o show começou com a DJ Paulinha Chernobyl, seguida por Andrezza, Drenna, Dona Iracema, Lubo e a banda YPU, que encerrou as apresentações no palco secundário com uma performance carismática. No palco principal, a Orquestra Conquista Sinfônica, com a participação especial do cantor Armandinho, abriu o último dia do festival. Logo após, se apresentaram o Clube de Patifes, Mariana Nolasco e a banda conquistense Cama de Jornal com o clássico punk rock.

O show mais aguardado foi o do cantor Supla, que está em turnê pelo Brasil com o álbum “Supla e os Punks de Boutique”. Supla animou o público presente com versões punk rock de “As it was”, de Harry Styles, e “Imagine”, de John Lennon.

Em entrevista à Rádio UP, a cantora e compositora Mariana Nolasco falou sobre sua transição de covers para músicas autorais. “Foi um desafio. Eu tive que dar uns passinhos para trás, diminuir a frequência dos covers para criar espaço para músicas autorais. Eu sabia que isso poderia alterar o público, mas eu tenho coisas para falar também.”

Além dos shows, o festival contou com outros espaços, como o espaço kids, que ofereceu oficinas de ioga, pintura facial e em telas, capoeira e um espaço interativo. Também houve uma área gastronômica, feira de empreendedorismo e uma rodada de negócios projetada para conectar artistas, bandas e outros profissionais do mercado da música, que ocorreu no dia 18 de outubro.

A estudante de geografia Hanna Camilly, que esteve presente no evento pela segunda vez, considera a iniciativa do festival “muito legal”, pois, segundo ela, não há muitos movimentos culturais gratuitos em Vitória da Conquista. “Eu acho que eventos como esse precisam de mais visibilidade, pois a gente precisa disso.”

A dançarina e modelo Samily Bonfim concordou com Hanna e acrescentou: “É o segundo ano que venho, e o primeiro ano eu amei. Muita gente bonita, as bandas... tem uma vibe”.

O evento contou com tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), com intérpretes em ambos os palcos, tornando a música acessível a todos os públicos.

O Festival Suíça Baiana é realizado pelo Coletivo Suíça Baiana, através da Lei nº 2.415, de setembro de 2020, que institui o festival no calendário oficial de Vitória da Conquista. O evento tem o patrocínio do Governo do Estado da Bahia, por meio da Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur), e apoio da Mídia Ninja, através do Sistema Operacional da Música (SOM). O festival é filiado à Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin).

Confira na íntegra o trecho do UP Notícias da segunda-feira (21), onde falamos sobre o festival e apresentamos as entrevistas:

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