Vem aí Samba da Bahia Pra Toda a Bahia; projeto faz homenagem a geração de sambistas baianos que surgiu nas década de 60 e 70

Nomes como Riachão, Gordurinha, Batatinha, Tião Motorista, Walmir Lima, Panela, Nelson Rufino, Edil Pacheco, Roque Ferreira e Ederaldo Gentil, estão entre os nomes celebrados

Imagem: Divulgação


“A Bahia estação primeira do Brasil”, o verso de Caetano Veloso traduz o melhor do batuque baiano e também mostra o quanto o nosso samba se alastrou pelo território nacional, este que é um dos ritmos mais tradicionais do Brasil e está na origem daquilo que é mais tocado em nosso carnaval: o axé, o samba-reggae e o pagode baiano.

Aqui na Bahia, alguns dos nomes que levaram o nosso samba para o destaque brasileiro, foram Riachão, Gordurinha, Batatinha, Tião Motorista, Walmir Lima, Panela, Nelson Rufino, Edil Pacheco, Roque Ferreira e Ederaldo Gentil, dentre outros. Sambistas que vão ser homenageados no projeto Samba da Bahia Pra Toda a Bahia, um espetáculo, em formato de live, que acontece no dia 09 de abril, às 20h00.

“É importante destacar que, por conta da infinidade de ramificações dentro do próprio samba da Bahia, o nosso trabalho vai se debruçar exclusivamente sobre a obra dos compositores homenageados, destacando as canções que marcaram a trajetória de cada um. A exemplo de ‘Ilha de Maré’, Walmir Lima; ‘Chiclete com Banana’, de Gordurinha; ‘Samba Pras Moças, de Roque Ferreira e ‘Não deixe o samba morrer’, de Aloísio Silva, entre outros sucessos”, explica o músico e cantor João Luiz, coordenador do projeto.

Para a realização do espetáculo, vai ser montada uma estrutura de palco com som, iluminação e cenários que remetem à cultura do samba da Bahia. Além disto, no início da transmissão, serão exibidos alguns depoimentos de personalidades ligadas ao samba, para evidenciar a nobreza do nosso samba e também para destacar a importância do legado cultural deixado pelos homenageados.

“A pesquisa está sendo um elemento crucial deste trabalho, um papel importantíssimo, porque além do levantamento histórico, cultural e social do contexto em que o samba da Bahia está inserido, o que vai permitir reconhecer e situar essas pessoas ao longo de todo processo, a célula ritma marcante do samba baiano também vai estar em evidência”, pontua João Luiz.

Mas, antes do dia da apresentação, o público vai poder conhecer um pouco mais sobre a história do samba e dos sambistas da Bahia por meio de uma série especial de entrevistas, que vão ser transmitidas on-line, com historiadores, comunicadores, músicos e personalidades com vivência na cultura do samba, como Perfilino Neto, Paulo Pires, Luanda Lemos, André Carvalho, dentre outros convidados. Estas entrevistas vão acontecer, ao vivo, nos dias 05, 12, 19 e 26 de março e a última será no dia 02 de abril.

Para João Luiz, a expectativa é que “as pessoas de gerações diferentes possam entrar em contato com um pouco da história de sambistas como Batatinha, Riachão, Panela, por exemplo, e perceber que ainda existe na Bahia um movimento que preza pela continuação dessa vertente tão rica do nosso samba”, revela.

O projeto Samba da Bahia Pra Toda Bahia conta também com os músicos João Omar, Gabriela Mello, Emílio Bazé, Petrônio Joabe e Rafael Barreto, todos de Vitória da Conquista, “para mostrar que o sertão também ama o samba”, brinca João Luiz.

As ações do Samba da Bahia Pra Toda Bahia tem o apoio do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura (Secult-BA) e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), graças à iniciativa do Programa Aldir Blanc Bahia, via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, do Governo Federal.

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