Ecad aponta crescimento de novas gravações e composições musicais em 2020
As produções musicais e audiovisuais no Brasil não pararam, apesar das dificuldades impostas pelo coronavírus ao setor
Foto: Divulgação/Ecad
O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) fez um levantamento em seu banco de dados, um dos maiores do segmento musical da América Latina, e constatou o aumento no número de seus arquivos no ano de 2020. O balanço divulgado hoje (2) mostra que as produções musicais e audiovisuais no Brasil não pararam, apesar das dificuldades impostas pelo coronavírus ao setor.
As obras musicais cadastradas no Ecad passaram de 12,5 milhões em 2019 para 14,5 milhões em 2020, o que equivale a um crescimento de 16%. Já a quantidade de músicas gravadas, que são os fonogramas, apresentou um aumento de mais de 30%. Atualmente são 11,5 milhões de fonogramas cadastrados, enquanto, em 2019, eram 8,4 milhões.
Outra surpresa foi o crescimento no número de obras audiovisuais. Em 2019, eram 179 mil e, em 2020, chegaram a 283 mil, indicando um aumento de quase 60%.
Arrecadação e o impacto da Pandemia
O balanço do ano 2020 e destacou os desafios e mudanças ocasionados pela pandemia do coronavírus. Entre os destaques está a arrecadação de direitos autorais no ano passado, que ficou 20% abaixo do total registrado em 2019, revertendo, em parte, a previsão inicial de queda estimada em 30%.
De acordo com a instituição que é comandada pelas associações Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro e UBC, tal resultado só foi possível porque foi definido como meta preservar a obtenção de receita, estabelecendo diálogo com todos os clientes. Além disso, o Ecad adotou uma ampla reestruturação de processos e redução de custos administrativos, como a mudança de sede da empresa e investimentos em transformação digital.
Neste contexto, o Ecad também acompanhou tendências do mercado digital e atuou na cobrança de lives patrocinadas, que passaram a ter maior relevância para os artistas em meio à pandemia. Além disso, compreendendo o momento vivido pelos clientes e como forma de impulsionar o retorno da economia, a empresa privada sem fins lucrativos, reavaliou os critérios de cobrança de segmentos como o de hotéis, academias e rádios comunitárias, e concedeu condições especiais de pagamento para shows, eventos e estabelecimentos sonorizados que voltaram a abrir após a quarentena forçada.
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